Escolher o tipo certo de energia para a sua empilhadeira é fundamental para a produtividade e o custo total de propriedade. As baterias de íons de lítio transformaram a intralogística por oferecerem desempenho superior e simplicidade de uso. Empilhadeiras equipadas com essa tecnologia não precisam de baterias reservas, pois podem ser recarregadas diretamente no equipamento sem a retirada do módulo. A recarga é rápida, podendo ser feita durante intervalos curtos de trabalho, e a bateria não sofre “efeito memória”, permitindo recargas parciais sem perda de capacidade. Outra vantagem é a segurança: as baterias de lítio são seladas, não liberam gases nem ácido e apresentam uma vida útil que pode superar uma década. A desvantagem principal é o custo inicial elevado, que ainda é compensado com o tempo pela redução nas despesas operacionais.

No caso das baterias chumbo‑ácido, o investimento inicial é menor, mas algumas limitações precisam ser consideradas. Elas requerem um longo tempo de recarga e, na maioria dos modelos, a bateria deve ser retirada da empilhadeira e recolocada em uma sala dedicada, o que implica em adquirir uma bateria extra para cada turno de trabalho. Essas baterias também precisam de manutenção regular, como reposição de água destilada e limpeza de conectores, e apresentam menor vida útil. Apesar disso, são uma opção viável para operações de baixo a médio volume ou para empresas que não possuem infraestrutura de recarga rápida.

Já os equipamentos a combustão continuam sendo amplamente utilizados, principalmente em aplicações externas e em locais onde não há restrições de emissões. Eles são abastecidos com combustíveis como GLP ou diesel, podem ter menor preço de aquisição e maior autonomia no campo. Por outro lado, exigem abastecimento constante, geram ruído e emitem gases poluentes. A manutenção desses motores inclui trocas frequentes de óleo, filtros e inspeção de sistemas de arrefecimento a cada poucas centenas de horas de trabalho. Quando comparadas às elétricas, as máquinas a combustão demandam revisões mais curtas e apresentam custos de operação significativamente mais altos, sobretudo em tempos de combustível caro.

O custo de operação de uma empilhadeira elétrica costuma girar em torno de algumas centenas de reais por mês em energia, enquanto uma máquina a combustão pode consumir milhares de reais em combustível. Essa diferença gera um payback que costuma ocorrer em um prazo de dois a três anos. Além da economia, motores elétricos são naturalmente mais eficientes: utilizam energia apenas quando necessário, recuperam energia durante a frenagem e não desperdiçam calor como os motores a combustão. Combinadas às metas de sustentabilidade e à possibilidade de abastecimento com energia renovável, essas vantagens tornam as empilhadeiras elétricas cada vez mais atraentes.

Comparativo

Considerações finais

Na hora de decidir, analise o perfil da operação, o volume de trabalho, a infraestrutura disponível e as metas ambientais da sua empresa. Baterias de lítio são indicadas para turnos longos, alta disponibilidade e operações que buscam modernização. Baterias chumbo‑ácido atendem a empresas com menor volume ou orçamento inicial restrito. Já equipamentos a combustão ainda têm espaço em aplicações externas ou sem estrutura elétrica adequada, mas exigem atenção com o impacto ambiental e custos de operação.

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